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Bebês, eterna fonte de inspiração


Publicitária, minha cunhada, Laura, no auge da carreira, decidiu abraçar um antigo sonho: ser fotográfa no Brasil e, mais do que isso, ser fotográfa de bebês. Mãe de três filhos, o amor pelos pequenos sempre a perseguiu e foi com muita coragem que ela se entregou ao universo newborn.

Em uma das suas sessões de fotos, o pequeno Pedro, 10 meses, não se conformava em ficar apenas sentado. Queria mais e Laura, então, colocou alguns livros ao lado do bebê. Ele logo reconheceu ali uma fonte de entretenimento e prazer. Pegou os livros e começou a sorrir. Sabia que tinha que abrí-los e virar as páginas; sabia que algo surpreendente sairia delas; sabia que encontraria um conteúdo que lhe era familiar, uma porção de bichinhos... Os pais, emocionados, puderam perceber que o seu bebê já era, na realidade, um "bebê leitor".

Laura me telefonou para contar que os livros que tanto agradaram Pedro eram meus, de minha autoria. "Parecia até que ele estava lendo de verdade", ela disse. "E estava mesmo", contestei.

Mesmo sem saber ler, Pedro já tinha um comportamento leitor: sabia manusear livros; reconhecia previamente o seu conteúdo; antecipava a reação de seus pais. Estes são procedimentos leitores: todos nós, leitores, fazemos. Aqueles que têm contato com livros desde cedo desenvolvem esses procedimentos mais rapidamente; aqueles que não têm contato algum, aprendem também com o passar do tempo.

Mas a memória afetiva da experiência de ler quando criança e, sobretudo, de ler em família é excepcional: só se forma quando realmente vivenciamos o ato de ler em casa, com as pessoas que amamos e nos ajudam ser o que somos.

É sobre essa memória carregada de afeto que eu quero falar neste blog. Sobre ela e sobre como ajudar jovens pais a desencadeá-la em seus filhos. Como? Com dicas práticas, sugestões de leitura e muita opinião crítica. Mas, sobretudo, com muita emoção, pois as lembranças dos meus filhos lendo estão entre as melhores que guardo em minha memória e em meu coração.

Filhos pequenos nos inspiram, trazem esperança. Laura Alzueta persistiu nessa inspiração. Agora é a minha vez...

Mãozinhas úmidas, olhinhos atentos, sorrisos sem dentes: aqui vamos nós adentrar no universo da leitura! O que isso representa para o futuro do bebê? Essa será a nossa reflexão. Para os pais, eu já sei: a memória de um leitor é resultado de uma experiência única carregada de fortes emoções que apenas os livros, descompromissadamente, podem despertar.

Obrigada Laura pela inspiração. Obrigada pelos lindos ensaios fotográficos que alegrarão gentilmente nossos posts.

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